quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A TARDE (In: Fuga pela claraboia)

A tarde invade
os olhos como se fosse dona dos sentidos...
Avassaladora,
a tarde confia na imensidão
como se possuísse força sobrenatural.
Ela cura sua ressaca,
após sua lúbrica passagem,
atiçando tanta dor e saudade...

A torre mais alta da cidade
acena ao sol poente.

O olhar indiferente da tarde
tem a penetração
do olhar furtivo
das crianças deusas
indianas.

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