sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Um poema de Fuga pela Claraboia


LANTERNA AZUL

Mas se o maquinista fosse daltônico
a locomotiva teria parado.
(Felipe de Oliveira, 1891 – 1933)

O frio da noite densa
abria o escuro com pedacinhos de água...

Alguns meninos
distraídos do mundo
e brincando com lanterninhas
pousaram luzes detrás dos flocos de neve...

Talvez míope, talvez encantado,
o maquinista deteve o trem
e creu ver vaga-lumes azuis
ou era nova lanterna de estranho semáforo...

E, na estação adiante,
passageiros reclamavam o insólito atraso.

2 comentários:

  1. Belíssimo trabalho! É gratificante ver que uma obra literária da região é valorizada pela Universidade Regional do Cariri. Sucesso!

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  2. Coordeno um grupo de alunos que irá fazer o vestibular da URCA. Gostaria de realizar um momento no qual possamos conversar sobre a sua obra. Como podemos fazer?

    Meu telefone (INFOCO): (88)8807-8373

    Obrigada.

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